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Cuidados para se tomar em uma consulta de Telemedicina

Por:

Daniel Santos

- 28/02/2022

Pontos importantes que precisam de atenção redobrada em uma consulta remota, para um bom atendimento ao paciente.

A pandemia de Covid-19 explodiu no mundo, trazendo uma série de mudanças na forma de viver, trabalhar e se relacionar de um modo geral – e a Medicina foi, de fato, uma área extremamente afetada.

Uma das mudanças mais expressivas foi o crescimento da Telemedicina. Em outros países ela já era bastante utilizada anteriormente. Já em terras brasileiras, o atendimento até era regulamentado , mas a resolução CFM, datada de 2002, já não atendia às necessidades nem contemplava as novas tecnologias.

Hoje, é notório que a Telemedicina chegou para ficar como uma nova alternativa, tornando-se uma outra forma de cuidar. Ela teve um papel fundamental nos atendimentos durante a pandemia, esse período de complicações e incertezas, e conquistou uma grande aceitação entre médicos e pacientes.

Entretanto, como ela é, de certa forma, uma prática nova, ainda existem dúvidas de como deve ser executada. Os profissionais não podem atender do jeito que individualmente entenderem como correto: existe um conjunto de regras a serem seguidas e cumpridas.

Pensando nisso, elaboramos uma lista de cuidados para se tomar em uma consulta de Telemedicina:

  1. Usar uma plataforma regulamentada pelo CFM.
    Não é permitida a utilização de qualquer plataforma que não seja segura (como o WhatsApp, por exemplo) para a prática da Telemedicina – tanto para o paciente como para o médico. Existem requisitos mínimos de segurança que devem ser adotados pelas plataformas que garantem a privacidade dos pacientes.A lei vigente (lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020) não especifica qual plataforma deve ser utilizada nas consultas remotas, porém especialistas orientam que sejam utilizadas plataformas seguras, que sejam regulamentadas pelo CFM, sigam o protocolo HIPAA (conjunto de conformidades para proteger informações digitais) e estejam de acordo com as regras da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
  1. Atender com uma boa conexão de internet e em um ambiente adequado.
    Mais uma coisa que deve ser checada para um bom atendimento ao paciente é se a conexão de internet é estável e de qualidade. Uma má conexão de internet pode prejudicar a consulta, fazendo com que o paciente não tenha suas dúvidas esclarecidas ou até tenha seu atendimento interrompido.Outra coisa a se atentar é o local onde será realizada a consulta. O ideal e recomendado é que se busque um lugar calmo, silencioso e bem iluminado, para que o paciente consiga ouvir e ver tudo com clareza e, assim, tenha um bom atendimento.
  1. Atentar-se a novos pacientes de outros estados.
    As normas em vigor não mencionam a jurisdição do registro profissional; no entanto, estabelecem a necessidade de que o primeiro atendimento seja presencial. Então, continua valendo a norma de que, para atuar em outra unidade federativa, é necessário solicitar o registro também a esse outro Conselho Regional de Medicina.
  2. Não esquecer do prontuário.
    Esse é um erro que deve ser evitado a todo custo. Toda conversa com um paciente por teleatendimento deve ser registrada em prontuário. Primeiro para que o trabalho possa ser continuado em consultas futuras, tanto por Telemedicina quanto presencialmente. Além disso, em uma hipótese mais extrema, o prontuário pode servir como base de defesa em caso de alguma acusação. Dessa forma, é possível comprovar sua cautela e responsabilidade a respeito do paciente e das expectativas dele para a consulta.

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