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Generalista ou especialista: o que muda para o médico?

Por:

Lívia Siqueira

- 01/07/2021

generalista

Por definição, o conceito de especialista e generalista é bem literal: entende-se que o primeiro possui uma profunda especialização sobre determinado assunto, enquanto o segundo tem experiência comprovada, porém, aplicada em várias áreas do conhecimento.

Em qualquer profissão é possível encontrar esses dois indivíduos, mas é na Medicina que temos mais contato com esses termos. Normalmente, encontramos os médicos generalistas em plantões nas emergências dos hospitais. Os médicos especialistas, por sua vez, são mais procurados quando se tem uma queixa específica.

Geral versus específico

Explicando de maneira mais detalhada, considera-se médico generalista todo recém-formado no curso de Medicina. Mas não se restringe apenas aos que saíram da graduação: também integram esse grupo aqueles profissionais que não quiseram cursar uma especialização e atuam apenas com o diploma e com o CRM em mãos.

Para esses médicos, a grande vantagem é a diversidade em sua rotina de trabalho. Como o generalista auxilia os pacientes a identificar doenças de maneira mais ampla e, consequentemente, mais simples, pode exercer a prática médica em vários locais e ter um conhecimento vasto sobre diversas doenças. Por isso, acaba cumprindo um papel de grande relevância em regiões carentes, prontos-socorros ou até prestando auxílio em CTI.

Já o médico especialista, como o próprio nome sugere, é aquele que, após a graduação, se especializou em alguma área da Medicina por meio de uma residência médica. Atualmente, existem 55 especialidades médicas oficialmente reconhecidas pela Comissão Mista de Especialidades (CME).

Para esse nicho de médicos especialistas, o principal benefício é a vantagem competitiva. Diante de um mercado com mais de 400 mil médicos atuantes, as exigências na carreira médica são cada vez maiores. E, para se destacar, é preciso ter um diferencial.

Além disso, em um mundo digital, no qual as redes sociais se modernizam e ganham notoriedade no dia a dia, e o marketing assume um papel de grande relevância, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece, desde 2011 (Resolução CFM nº 1.974/2011), uma série de critérios para a propaganda em Medicina. Entre eles, o número de Registro de Qualificação de Especialista (RQE), que só pode ser obtido se o profissional cursar a residência ou fizer a prova de título pela sociedade ou associação da especialidade escolhida.

Médicos generalistas e especialistas pelo Brasil

Fonte: Scheffer M et al. Demografia Médica no Brasil – 2020. São Paulo: FMUSP; 2020


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