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10 dicas para reformar ou decorar o consultório

Por:

Bárbara Mello

- 08/01/2021

reformar

A necessidade de reformar o espaço de trabalho está presente em todas as profissões. Entretanto, na vida do médico, é um ato indispensável. E pode não parecer, mas, seja no atendimento, na recepção ou até mesmo na decoração do consultório, cada detalhe presente naquele momento pode ser valioso para o paciente.

Nesse período de pandemia isso se tornou mais evidente, visto que muitos médicos tiveram que interromper temporariamente seus atendimentos e, com isso, ficaram afastados de seus consultórios. A retomada às atividades presenciais com o respeito às regras de distanciamento fez com que fosse necessário alterar a disposição do mobiliário, e isso abriu uma oportunidade para repensar a estrutura e, consequentemente, a decoração do consultório. Um ambiente bem decorado e organizado pode auxiliar na construção de uma boa imagem profissional e até mesmo passar um sentimento de conforto ao paciente nesse período tão difícil.

Anna Carolina Botelho Maldonado, arquiteta e gerente de desenvolvimento de projetos da Kahn do Brasil, considera que seja necessário criar um ambiente que faça o paciente lembrar-se de casa. “É importante que o consultório seja um lugar aconchegante e harmônico em todos os sentidos. Dessa forma, o espaço ficará mais confortável e estará mais receptivo às informações que o médico transmite”, define.

Confira abaixo dicas que irão te auxiliar a reformar o consultório: 

1- Pense na estrutura física

A estrutura física varia de acordo com a especialidade. Entretanto, em geral é preciso ter três ambientes dentro do consultório: uma sala de espera, uma sala de conversa, para o médico receber o paciente, e uma sala para exames. “Esse método otimiza o fluxo. Quando o médico terminar um exame, ele troca de sala. Enquanto isso, a secretária ou a enfermeira vai ao local de exames e já prepara tudo para o próximo paciente”, orienta a arquiteta.

2- Defina as cores

O modelo de consultório todo branco está ultrapassado. Hoje, os médicos optam por trazer cores para dentro de suas salas. “O ideal é que a cor traga aconchego. O branco ainda se usa, mas mesclado com outras cores”, comenta Anna Carolina. Uma dica é usar tons pastéis e amadeirados e cores da natureza, pois trazem conforto para o ambiente.

3- Não derrape na escolha do piso

Avalie a funcionalidade do piso, pois ele deve ter o mínimo de juntas possíveis, ser de fácil limpeza e impermeável. “Uma tendência em consultórios menores é usar o piso vinílico. Existem vários modelos. Os amadeirados são mais resistentes e têm a aparência da madeira. Ou seja, ele transmite o calor da madeira, mas é funcional. Você consegue limpar facilmente e são impermeáveis”, esclarece a especialista.

4- Atenção aos revestimentos

Aqui se aplicam as mesmas regras dos pisos: o revestimento precisa ser funcional, de preferência sem frestas e sem juntas, para não acumular sujeira. “Um tecido normal não é interessante, mas um vinílico que imita tecido é recomendado”, analisa Anna Carolina. Os porcelanatos também são indicados para consultórios, tanto nos revestimentos quanto nos pisos.

5- Ilumine o seu consultório

Quanto mais natural for a iluminação, mais agradável ficará o ambiente. É recomendado instalar um dimmer nas salas para regular a intensidade da luz de acordo com as necessidades do momento. “Cada ambiente requer uma intensidade diferente. Por exemplo: a sala de espera pode ter uma iluminação menos forte e mais aconchegante”, sinaliza a arquiteta.

6- Deixe o ar ventilar e circular

É muito importante a troca de ares. Por isso, é preciso ter uma tomada de ar externo para fazer essa alteração. “Alguns consultórios não fazem isso. Não é o mais indicado porque, por exemplo, uma pessoa resfriada pode entrar no ambiente e, mais tarde, uma pessoa sã entra e respira os vírus que a outra deixou no ambiente. Interfere na salubridade do espaço”, explica a especialista. Além disso, dependendo da especialidade, é possível deixar as janelas abertas em alguns períodos do dia. Entretanto, é preciso avaliar com cuidado.

7- Escolha bem os móveis

“Primeiro você pensa na ergonomia, depois no revestimento, e o design vem em consequência”, ressalta Anna Carolina. É importante ter em mente que o consultório é uma área de assistência e que as pessoas precisam ter mobilidade no espaço. Além disso, é fundamental pensar em como o paciente consegue se acomodar naquele lugar.

8- Plantas e quadros requerem cuidado

Na decoração, é possível usar plantas naturais e artificiais. Se optar pelas naturais, é preciso que elas sejam cuidadas para que não fiquem com aspecto ruim e sejam trocadas sempre que preciso. Já as plantas artificiais desidratadas imitam perfeitamente uma planta natural e colaboram para trazer a natureza para dentro do espaço.

Outra opção de decoração que requer cuidado são os quadros. “É preciso cuidado com o sentimento que ele transmite ao paciente. Figuras tristes, pessoas sozinhas, cores pesadas e violência devem ser evitadas”, aconselha a arquiteta. Uma boa indicação são quadros com representação da natureza ou figuras que transmitam alegria e motivação.

9- Deixe a circulação de pessoas fluir bem

Outra dica quando for reformar o consultório, é separar o fluxo de pacientes, o fluxo assistencial e o fluxo de funcionários. “Isso depende do tamanho do consultório. O ideal é posicionar os itens que o médico mais usa de um lado e, do outro lado, o espaço onde o paciente circula”, aconselha a especialista. Essa separação é importante para que o médico não acabe “atropelando” o paciente durante a consulta, por exemplo.

10- Carregue a humanização com você

“É importante pensar em humanização em todos os sentidos, desde o piso até o sofá, para que o ambiente fique menos frio”, estabelece Anna Carolina. Além de proporcionar um ambiente agradável no momento da consulta, a humanização do espaço permite que funcionários e médicos, que passam a maior parte do seu dia no consultório, trabalhem com mais conforto.

Fique atento

Além das dicas acima, é imprescindível seguir as orientações gerais, estabelecidas pelo Ministério da Saúde, para o retorno das atividades de forma segura. Para ter acesso às normas, clique aqui.