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SBCP lança campanha com alerta sobre fake news

Por:

Universo DOC

- 08/10/2020

sbcp fake news

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lançou uma campanha com o objetivo de alertar os pacientes sobre os perigos das propagandas enganosas realizadas nas redes sociais relacionadas à cirurgia plástica. De acordo com o presidente da SBCP, Denis Calazans, o propósito é mostrar os riscos de se escolher realizar cirurgias plásticas e outros procedimentos estéticos invasivos com profissionais não qualificados.

Intitulada Cirurgia Plástica: não existe milagre. Existe estudo, técnica e especialização!, a campanha traz fotos de “antes e depois” e mostra como as fake news podem ser facilmente disseminadas pelas redes. As peças da campanha revelam como as imagens podem ser manipuladas por meio de uma série de artifícios, como maquiagem, luz, ângulo e programas de edição gráfica.

A ação está sendo veiculada nas redes sociais e no site oficial da sociedade e, de acordo com o presidente, é preciso que as publicações tenham alto engajamento e que essas informações sejam compartilhadas com o maior número de pessoas possível para que a população saiba identificar esse tipo de propaganda enganosa.

Porém, Denis também reforça de que a intenção da sociedade não é deflagrar um conflito com médicos que promovam publicidade médica. “A publicidade médica é muito desejável, desde que seja feita de maneira ética”, afirma. De acordo com a Resolução CFM nº 1.974/11, é expressamente proibida a publicação de imagens do tipo “antes e depois” de procedimentos, assim como a publicação de selfies, imagens e/ou áudios sensacionalistas, de autopromoção ou concorrência desleal nas redes sociais.

O presidente também orienta os médicos qualificados que se depararem com algum tipo de propaganda enganosa nas redes, envolvendo a sua especialidade: “ Há um dispositivo do Código de Ética Médica que recomenda que os médicos que identificarem condições ou situações que não condizem com a ética, eles devem fazer uma denúncia aos órgãos competentes, como o Ministério Público e sobretudo ao Conselho Regional de Medicina, que é autarquia federal responsável pela fiscalização da medicina no país”, conclui.

Por Julia Lins